O presidente da Fiern contou que participou de um seminário sobre o Aeroporto de São Gonçalo, realizado na sexta-feira passada (17) e disse ter ficado satisfeito em ver que há uma comissão federal preocupada em identificar as conseqüências que poderão ocorrer a partir da construção do Aeroporto de São Gonçalo.Entretanto, Flávio Azevedo alertou para o fato de que o “aeroporto sozinho não faz milagre e se o Rio Grande do Norte não se preparar, ele pode se transformar em um elefante branco”. Para que as potencialidades do equipamento sejam aproveitadas, o presidente da Fiern alerta para a necessidade em treinar profissionais, uma vez que para atuar em um aeroporto é preciso bastante especialização.Azevedo classifica o aeroporto como multimodal, explicando que o empreendimento receberá uma grande quantidade de passageiros e carga, atendendo não apenas o Rio Grande do Norte, mas o Brasil inteiro e até outros países da América Latina. “É preciso que o aeroporto se ligue à cidade de Natal e rodovias, já que ferrovias não vão existir, na minha opinião. Além disso, os impactos nas cidades de São Gonçalo e de Macaíba obrigam ao desenvolvimento de um novo plano diretor para esses municípios”, sugeriu.
Sobre a possibilidade de tocar a obra, Flávio Azevedo revela que, até a semana passada, 25 empresas se mostraram interessadas. “Eu fui muito procurado, por empresários buscando informações sobre a economia do Estado. E a maioria das empresas interessadas em erguer o aeroporto é formada por um consórcio entre empresários nacionais e investidores estrangeiros”, detalhou.
Energia eólica.
Lembrando que o Rio Grande do Norte conta hoje com o maior número de projetos voltados à instalação de parques eólicos e distribuição desse modelo de energia, em todo o país, Azevedo classificou a energia eólica como um vetor de desenvolvimento do Estado. “Aqui é onde o vento entra no litoral e em qualquer época do ano há ventos com intensidade e velocidade adequadas”, ressaltou.
Atualmente, com os projetos do setor que já existem para o Estado, a perspectiva de investimento é de R$ 8 bilhões. De acordo com o presidente da Fiern, esse valor é o dobro do que seria aplicado no Rio Grande do Norte, caso a refinaria que foi instalada em Pernambuco tivesse vindo para o território potiguar. “Ainda há perspectiva de mais R$ 4 bilhões em investimentos, com o próximo leilão (que será realizado ainda este ano). Dessa forma, serão R$ 12 bilhões investidos no Rio Grande do Norte, apenas relativos à energia eólica”, contabilizou. ouça a intrevista completa.
fonte:nominuto.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário